Um reflexo fiel das ricas histórias, mitos, crenças e filosofia dos habitantes do continente africano. Essa é a proposta da exposição Recreando a Arte Afro-Brasileira, da artista plástica e professora criciumense Alenir Fernandes de Souza Dalpiaz, que pode ser conferida na Casa da Cultura, no calçadão da Nereu Ramos, até o próximo dia 26. 

Cones de linha, jornal, bolas de desodorante rollon, corda, sementes e tecidos deram origem a verdadeiras obras de arte. São peças nas mais variadas cores e formatos como máscaras, trajes, estatuetas, telas, colares, entre outros. "Tudo construído a partir de materiais alternativos", destaca a artista, que utilizou desde retalho à ossada de boi para criar mais de 30 peças, que podem ser apreciadas de segunda a sexta-feira, das 8h30min às 18h30min. Aos sábados, das 8h30min às 12h30min. 

Segundo Alenir, a riqueza desta arte tem fornecido matéria-prima e inspiração para vários movimentos artísticos. "A história da arte africana remonta o período pré-histórico. As formas artísticas mais antigas são as pinturas e gravações em pedra. Na primeira, a presença da figura humana identifica a preocupação com os valores étnicos, morais e religiosos", explica. Já as máscaras, uma das marcas da cultura africana, têm um significado místico. "Ainda são utilizadas em diverso rituais, inclusive nos funerais", ressalta a artista.   

Alenir, que também é professora do Programa de Educação de Jovens e Adultos (Proeja), conta que as peças da mostra foram criadas nos últimos cinco anos com a finalidade de subsidiar a compreensão dos alunos. "Sempre busquei alternativas para tornar as aulas atraentes e desta forma prender a atenção do aluno. Além dos livros e imagens, buscava confeccionar peças para que eles, mais que observar, pudessem apalpar e tirar a própria conclusão diante de determinados assuntos".  

Recreando a Arte Afro-Brasileira segue até 26 deste mês na Casa da Cultura. Visita para grupos pode ser agendada no 3445 8841 ou na sede da FCC, que fica na Rua Coronel Pedro Benedet, 269, no Centro. 

Secom: Saimon Novack