O Parque das Nações Cincinato Naspolini temporariamente ficará sem uma das principais atrações. O trem de passeios “Terezinha 01”, réplica da locomotiva Tereza Cristina, foi retirado do local por equipes da Secretaria de Infraestrutura e Mobilidade Urbana e da Fundação Cultural de Criciúma (FCC), nesta segunda-feira (14).
Conforme o coordenador do Parque das Nações, José Carlos Oliveira, a máquina será encaminhada para a Rede Ferroviária de Tubarão, onde serão ajustadas duas rodas e o trem receberá manutenção mecânica e geral. “A rebarba do trilho provoca o corte a roda, fazendo ela ficar mais fina. Vamos retirá-la e colocar outra nova”, explica.
A revisão geral também fará vistoria em partes fundamentais da máquina, como o acelerador, o apito, os filtros, a suspensão etc. “Desde a inauguração em 2011, ela nunca passou por manutenção, só era consertado algo paliativo. Sentimos a necessidade de fazer uma manutenção mais aprofundada”, afirma Oliveira.
O engenheiro Robson Ricardo da Silva, responsável pela manutenção do trem, afirma que o desgaste do maquinário é um processo natural. “É um processo que se acelera dependendo do material do trem, da roda, do número de curvas, voltas que ela faz”, explica.
Quanto à manutenção mecânica, é necessário ter maior controle, para realizar a troca de óleo, por exemplo. “A mecânica é que nem para automóvel, precisando de uma manutenção preventiva a cada seis meses”, avalia. Durante o processo de manutenção, os trilhos do Parque das Nações também passarão por melhorias. A previsão é que a “Terezinha 01” retorne à ativa dentro de um mês.
Preservação da história
Réplica da locomotiva Tereza Cristina do ano de 1923, a máquina simboliza a história e cultura de Criciúma e região sul catarinense. De acordo com dados da Fundação Cultural de Criciúma, a “Terezinha 01” recebe aproximadamente 400 visitantes a cada fim de semana. Ao todo, o trem já fez 10 mil quilômetros em viagens.
Para atender a esse número de visitantes, e continuar relembrando a história, a atenção dedicada a máquina é primordial. “Essa réplica é a lembrança pessoal dos mais antigos, é algo nostálgico, por isso, de períodos em períodos será feita essa manutenção”, afirma o presidente da FCC, Sérgio Zappelini.