FUNDAÇÃO CULTURAL
DE CRICIÚMA
\\ Tombamento é principal atividade realizada pelo Serviço de Patrimônio Histórico
Órgão foi criado no município de Criciúma em 1985 e hoje tem a guarita de uma Lei
  • Data: 15/01/2014 - 02:31:00
  • Última Atualização: 15/01/2014 - 02:32:58
  • Texto: Milena dos Santos-SC 04205 JP
  • Foto: Divulgação
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O Serviço de Patrimônio Histórico, Artístico e Natural de Município de Criciúma (SPHAM), que tem como principal atividade a condução dos processos de tombamento, existe no município desde 1985 e é assegurado pela Lei 3.700 de 14 de outubro de 1998. Hoje o órgão tem como principal batalha o processo de tombamento do Edifício Filhinho, localizado na Praça Nereu Ramos, que tramita na administração municipal desde 2003. O local que apresenta elementos de art decó, abrigou durante anos o tradicional Café São Paulo, sendo um dos pontos mais freqüentados da cidade.

Segundo o diretor de Patrimônio Histórico, Renato de Araújo de Monteiro, o tombamento é um ato administrativo realizado pelo Poder Público para impedir a destruição e descaracterização dos bens aos quais são atribuídos valores históricos, artísticos ou naturais, constituindo assim um dos principais mecanismos de proteção ao patrimônio. “Na esfera municipal, entendemos que cabe ao SPHAM promover também as políticas públicas de conscientização, valorização e acesso da população ao patrimônio de uma maneira geral, seja ele tombado ou não”, afirmou o diretor.

O Edifício Filhinho, que foi construído em 1946, é um exemplo de patrimônio com grande valor artístico e histórico, tratando-se assim de um bem de grande valor afetivo para a população. Mesmo que o edifício não seja tombado, o Serviço do Patrimônio Histórico continua sendo um dos órgãos responsáveis pela proteção do imóvel.

De acordo com o presidente da Fundação Cultural de Criciúma (FCC), Sérgio Luiz Zappellini, a preservação da história do município, principalmente os locais considerados ícones de épocas passadas, deve ser prioridade. “Este edifício faz parte do coração da cidade. Durante anos era ponto de encontro das pessoas, sem contar seu formato que apresenta um desenho artístico. Esse patrimônio não é tombado e colocaram placas que não permitem a visualização de seu formato, poluindo o visual da cidade e descaracterizando o local”, declarou Zappellini.

Conforme Monteiro, a pedido do Serviço do Patrimônio Histórico, a Fundação Cultural, instituição a qual o órgão esta vinculado, notificou os atuais inquilinos do imóvel e as placas estão sendo removidas. “Este é um bom exemplo de como podemos trabalhar a despoluição visual que infelizmente caracteriza nossa cidade, pois apesar de termos uma legislação que verse exclusivamente sobre esta questão, creio que a conscientização e o diálogo com os comerciantes ainda seja o caminho mais indicado”, declarou o diretor.


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