O nome de uma máquina ficou marcado na história da região de Criciúma e divide opiniões. A Marion, para uns, sinônimo de progresso, para outros de degradação ambiental, é objeto de exposição na Casa da Cultura. Promovida pela Fundação Cultural de Criciúma (FCC), Memória do Carvão - Marion pode ser visualizada por meio de fotos e fragmentos de textos, porém, chama a atenção, uma réplica da máquina, confeccionada pelo mineiro aposentado Antônio Marcílio, 72 anos.
Antônio conta que a idéia de fazer a mini-Marion, ou "seu brinquedinho" , como define, surgiu por uma inspiração divina e levou um ano e meio para ser finalizada. O aposentado, nunca chegou a operar a Marion, mas acredita que o equipamento é parte da história de uma cidade que ficou conhecida como a Capital do Carvão.
Segundo ele, muitas pessoas observam o invento e comentam que esta foi uma máquina da destruição. Mas ele não concorda. "A máquina não destruiu a natureza. Ela foi operada pelo homem. Com ela não veio a destruição, veio o pão. Eu mesmo sobrevivi da extração do carvão", salientou.
A mini-Marion pesa 102 quilos e é controlada por um painel mecânico e elétrico que simulam todos os comandos da verdadeira, com 20 engrenagens e 47 rolamentos. A mostra fica na Casa da Cultura até sexta-feira (5).
Secom: Patrícia Nonnenmacher