De volta à Fundação Cultural de Criciúma desde junho de 2012, a professora Elisangela da Silva Cerqueira, 37, ministra aulas de violino. Ela foi professora na entidade durante dez anos e se afastou das salas de aula por três anos. Atualmente ela é a única a ensinar o instrumento musical pelas oficinas do município.
Ela lembra que começou aprender música com sete anos, mas os estudos profissionais ocorreram após o casamento com Josenir da Silva Cerqueira, também professor de música e líder da Orquestra Camerata Criciúma.
A professora conta que a influência do marido e o apoio da família são as bases de toda a dedicação em suas aulas. Para ela, atualmente as pessoas estão compreendendo que a música clássica e, principalmente, o violino não são assuntos que interessam somente a elite. “Prova disto é a parceria que fizemos com a orquestra. Alunos que se destacam sempre levamos para tocar”, afirma Elisangela.
Uma prova da popularização da música clássica é João Marcos, cujo talento recebe o reconhecimento pela professora. Ela conta que o jovem, ao chegar à Fundação, nas primeiras aulas já conseguia tocar as canções que ela passava. “Ele sempre foi diferente de todos os alunos. Destacava-se a cada semana”, conta, com um sorriso no rosto.
Para o jovem músico, as aulas de violino foram muito importantes para a sua vida. Ele conta que ter a oportunidade de tocar em uma orquestra é muito gratificante, pois faz parte de um grupo de músicos profissionais. “Na orquestra eu aprendo muito e ainda ponho em prática o que estudo nas aulas. Isto motiva para a evolução”, comemora.
Para ela, pelo fato de não ser um instrumento tão comum, há algumas exigências para a boa disciplina musical. “Para um bom rendimento, é necessário muito empenho, assim como em qualquer outro instrumento. Se o aluno for regrado, em pouco mais de um mês já consegue tocar as primeiras canções que estão em nosso material”, destaca a professora.
O marido de Elisangela conta que acompanha todo o trabalho da esposa. Ele já foi professor na FCC e hoje dá aulas particulares. Para ele, o trabalho desenvolvido pela companheira é uma oportunidade de levar música de qualidade para toda a população da região.