A carreira de Ivonei Machado Pereira Velho, mais conhecido no cenário musical por Nei Velho, iniciou cedo. Lá no interior de Nova Veneza, em meados de 1977, formou a primeira banda com irmãos e amigos. O músico conta que o grupo durou pouco tempo, porque era difícil trabalhar com a família. Atualmente ele passa o conhecimento de instrumentos musicais de corda na Fundação Cultural de Criciúma (FCC) a estranhos, que muitas vezes viram amigos.

Neu lembra que, já nos primeiros anos em que imergiu no mundo das tablaturas, o anseio pela vida artística passou a fazer parte de seus sonhos. “Conseguimos juntar dinheiro e comprar uma Kombi. Nós nos sentíamos muito importantes com aquela aquisição totalmente financiada. Chegávamos a nos comparar com o rei Roberto Carlos”, brinca Nei.

Na década de 1980, Nei se mudou para a cidade de Criciúma. Ele dividia o tempo trabalhando durante o dia, estudando a noite e tocando nas madrugadas. Passou por bandas de música tradicionalista gaúcha, como Embalo Gaúcho, Os Campesinos. Estudou regência de coros, harmonia e improvisação.

O professor de violão, contrabaixo, guitarra e cavaquinho da Fundação Cultural de Criciúma (FCC) atua há 13 anos na entidade dando aulas. Para ele, esta profissão proporcionou momentos incríveis. O músico afirma que este trabalho é a paixão de sua vida. “Aqui eu faço os meus dias mais felizes. Tenho o prazer de ensinar, de poder passar horas com crianças, jovens que trato com muito amor. Não são apenas alunos, mas sim amigos que me visitam frequentemente”, conta admirado Nei.

Para o presidente da FCC, Sérgio Zappelini cada ano que passa oficinas têm se consolidado cada vez mais. Prova disso é a grande procura pelas aulas. “Apenas o professor Nei possui em torno de 60 alunos. Isto no ano passado. Este ano este número projetamos o aumento desse número”, garante o presidente.