FUNDAÇÃO CULTURAL
DE CRICIÚMA
\\ Copirc e Fundação Cultural realizam evento em alusão ao 13 de Maio
Instituições se uniram para realizar o evento na Casa de Cultura Neusa Nunes Vieira na tarde de terça-feira
  • Data: 12/05/2014 - 06:20:00
  • Última Atualização: 13/05/2014 - 08:42:42
  • Texto: Milena dos Santos-SC 04205 JP
  • Foto: Cristian Pereira
$noticia->title

Desde 2009, o dia 13 de maio, até então conhecido como o Dia da Abolição da Escravatura (em razão da assinatura da Lei Áurea), foi transformado pelo Movimento Negro Unificado (MNU) em Dia Nacional de Denúncia contra o Racismo. Para resignificar a data como um dia de luta concreta do povo negro, a Fundação Cultural de Criciúma (FCC), através da Casa de Cultura Neusa Nunes Vieira e a Coordenadoria da Promoção da Igualdade Racial (Copirc) estarão realizando, nesta terça-feira (13), das 15h às 17h, o encontro “Pare, queremos igualdade de oportunidades”.

De acordo com a coordenadora da Casa de Cultura, Giordana Savi Cunha, mesmo o tema sendo polêmico, é necessário que ele seja encarado, principalmente em decorrência dos acontecimentos que tem atingido a população afro. “A Casa da Cultura não pode deixar de lembrar esse Dia de Denúncia ao Racismo. Temos a Copirc ao nosso lado que nos dá embasamento e nos acompanha sempre em nossos eventos. Esperamos que esse trabalho em conjunto seja mais um sucesso, assim como todos os outros”, relatou Giordana.

Durante a ação terá apresentações com a Banda Dendê, da Escola de Educação Básica João Frassetto, Grupo de Dança Dandalunda, da Escola Municipal Jorge da Cunha Carneiro, Oficina de confecção de bonecas Abayomi (que significa Meu Presente) e leitura de textos referente ao tema com o professor Reginaldo de Oliveira Bernardo.

Conforme as coordenadoras da Copirc, Iolanda Lima e Munique Nascimento, o mito da democracia racial tem colaborado para que as históricas desigualdades existentes entre negros e não negros não sejam observadas como deveriam. “A partir do momento em que os movimentos negros e pessoas que lutam pela causa perceberem o problema e decidirem que a data que antes era chamada de Abolição, devia ser considerada uma data que possibilitasse mostrar o quanto é grande o quadro de desigualdade social. Num mundo de diferenças queremos que todos vejam que é possível buscar a igualdade. Se construirmos a ideia de que o 13 de Maio é o dia da Abolição, vamos passar uma ideia errada”, destacou Iolanda.

Na próxima semana a Casa de Cultura Neusa Nunes Vieira, entre os dias 19 e 23 de maio, irá expor os trabalhos do historiador e presidente do Anarquistas Contra o Racismo (ACR), Ivan Ribeiro.


Copyright © Diretoria de Tecnologia e Inovação | Prefeitura Municipal de Criciúma