Para democratizar a preservação do patrimônio histórico artístico e natural do município, a prefeitura de Criciúma criou a Comissão Técnica de Relatórios e Sugestões para o Tombamento de Bens Municipais. Com pauta extensa de discussão, o primeiro encontro desta comissão está marcado para esta quinta-feira (03), na Casa da Cultura Neusa Nunes Vieira.

Conforme o coordenador do Serviço de Patrimônio Histórico, Artístico e Ambiental do Município (SPHAM), Renato de Araújo Monteiro, entre os pontos a serem debatidos na reunião estão pedidos de alteração e demolição de imóveis do centro da cidade; as obras estruturais e de restauro que estão acontecendo na Igreja do Bairro São Roque; o destino das ruínas da ponte de ferro do Bairro São Roque e a possibilidade de alteração da lei de proteção ao Patrimônio Histórico. “O patrimônio trabalha muito com afetividade, os imóveis não tem um valor por si só. As decisões não podem ser tomadas sozinhas, carecem de opinião de instituições e especialistas para que sejam democráticas”, comentouDentro deste contexto é que será debatido também o destino da ponte de ferro do bairro São Roque. “Esta ponte é tombada, mas durante cheia do rio ela caiu e se transformou em sucata. Vamos ter que tomar decisão em relação aquilo. Uma das idéias é fazer um memorial para colocar no bairro”, destacou.

Ele acrescenta, em relação ao memorial, que o Fórum de Patrimônio Histórico, a Prefeitura de Criciúma, a Fundação Cultural e o Conselho Municipal de Cultura, já optaram pelo fechamento. A Comissão Técnica de Relatórios e Sugestões para o Tombamento de Bens Municipais é composta por profissionais ligados a várias instituições e nomeados pelo poder executivo. Integram o grupo, representantes da Fundação Cultural de Criciúma (FCC), Secretaria Municipal de Infraestrutura e Mobilidade Urbana, Fundação do Meio Ambiente de Criciúma (Famcri), Instituto Histórico e Geográfico de Criciúma (IHGC), curso de Arquitetura e Urbanismo da Unesc, curso de História da Unesc e Instituto de Arquitetos do Brasil (IAB).