As Oficinas Itinerantes de Arte que estão ocorrendo na Fundação Cultural de Criciúma (FCC) desde a última segunda-feira, encerram-se amanhã (01/11). Cerca de cem pessoas, entre adultos e crianças, tiveram aulas gratuitas de desenho, serigrafia, teatro, pintura, filosofia da literatura e das artes plásticas, e desenvolveram técnicas em papel reciclado. As seis oficinas estão ocorrendo simultaneamente.

Pincéis, placas de acrílico e tintas das mais variadas cores despertaram a atenção da criançada e as fizeram participar na oficina de gravuras, que contou com 20 inscritos. Desenhos abstratos, em cores quentes, aliados a criatividade da estudante Paula Spricego dos Santos, de 10 anos, deram origem a três gravuras, que devem ganhar moldura nos próximos dias e ocupar um lugar privilegiado nas paredes de sua casa. “Ilustrei nas cores preferidas da minha mãe. Irei presenteá-la”, comenta, enquanto leva as peças produzidas para a secagem.

Já Vitor Farias Teixeira, de 12 anos, preferiu soltar a imaginação na impressão de figuras e letras em camisetas. O garoto participou da oficina de serigrafia. Sob o comando do professor José Antônio Fagundes, ele e mais 20 colegas puderam estampar, em papel e tecido, tudo o que a imaginação de cada um permitiu. “Tudo o que a gente quiser é possível estampar. Além de participar de todo o processo de serigrafia, aprendemos até a fazer tinta de mingau”, diz. 

A professora de inglês Zulma Gonçalves Rosso, 44 anos, faz curso de pintura há três anos. No entanto, foi uma das que aproveitou a tarde de ontem para aprender técnicas em desenho. “O mais interessante são os materiais utilizados. Jornal, barro, carvão e verniz são matéria-prima de verdadeiras obras de arte”, destaca.

Na oficina de teatro o que não faltou foram boas gargalhadas. Brincadeiras à parte, os 17 alunos praticaram exercícios para desenvolver a desinibição, concentração, criatividade e a integração em trabalhos de grupo. “Para isso estão sendo trabalhadas técnicas de relaxamento, expressão corporal e voz. Tudo de forma lúdica e descontraída”, explica a professora de teatro, Mônica Siedler, que interpretou a estabanada Maria do Socorro na novela Laços de Família, exibida pela Rede Globo.

De acordo com a diretora cultural da FCC, Sandra Silvestre, o projeto Oficinas Integradas e Itinerantes tem a finalidade de descentralizar a cultura, levando para o interior do Estado trabalhos desenvolvidos nas Oficinas do Museu de Arte de Santa Catarina, em Florianópolis. “Em Criciúma o aproveitamento satisfatório. O número de inscritos, que chegou a mais de cem, superou as expectativas. Essa participação ativa será uma maneira de formar e enriquecer pólos culturais na região”.

As oficinas já passaram por Lages e Itajaí. Depois de Criciúma será a vez de Xanxerê e São Francisco do Sul.

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