No palco, eles se sentem ilustres. É como se a luz da ribalta refletisse a emoção destes meninos e meninas. E, aprendendo a dança folclórica de origem dos próprios antepassados poloneses, as crianças e adolescentes do bairro Linha Batista, aprendem lições que vão muito além das paredes do local onde ensaiam. Ontem (15/08) foi um dia especial para estes participantes da Oficina de Artes nas Comunidades, promovida pela Prefeitura de Criciúma e Fundação Cultural (FCC). Na sede da Sociedade Polonesa Orzel Bialy eles fizeram uma apresentação para o Prefeito Anderlei Antonelli e para os alunos da Satc integrantes do projeto da Associação Criciumense de Transporte urbano (ACTU) Turminha do Futuro.
De acordo com a coreógrafa e professora da Oficina, Precedina Milak, são 56 crianças e adolescentes, com idades entre 8 e 14 anos, que integram o projeto que envolve também alunos da Próspera e loteamento Jardim Buenos Aires. “Eles gostam tanto que evitam faltar aos ensaios e quando precisam avisam o motivo. Nosso bairro não tem outra atividade para estas crianças. Desta forma, elas saem das ruas e participam de atividades saudáveis”, disse. Ela também enfatizou que, durante os encontros, são discutidos assuntos como educação e respeito. Além disso, é preciso ter boas notas. “Fico muito contente em ver a garotada participando destes projetos. É uma grande obra cultural que faz enriquecer as nossas crianças”, salientou o prefeito Antonelli.
Júlia Choseck Zacaron, 10 anos, faz aulas de dança folclórica há um ano e disse que gosta muito de aprender a cultura polonesa. Taís Correia Sorato, 10 anos, acrescentou que está muito mais responsável e atenta na escola depois que iniciou no grupo. O projeto Oficina de Artes nas Comunidades atende mais de 450, em 10 bairros diferentes, atingindo 35 comunidades. Completam a ação oficinas de flauta, percussão, violão, balé e dança de rua. De acordo com a coordenadora do projeto Antônia Bernadete Nazário Budni esta atividade é muito importante, porque amplia os horizontes destes meninos e meninas. “Participando das oficinas eles preenchem o tempo. Eles aprendem coisas novas e a apresentação estimula a auto-estima”, ressaltou.
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Foto: Daniel Búrigo