Interromper o descanso do meio dia foi a opção de muitos criciumenses que diariamente aproveitam o intervalo na Praça Nereu Ramos, no inicio da tarde desta quinta-feira (22). Os olhares atentos e curiosos tomaram conta destas pessoas e se voltaram para as apresentações do Dia do Folclore, organizadas pela Fundação Cultural de Criciúma (FCC) e que fez muitos se recordarem dos tempos de infância e de escola.
Vanessa Lobo, de 22 anos, parou emocionanda lembrando-se do tempo em que estudava na 3ª série do fundamental. “Nós fazíamos a apresentação do Boi de Mamão no pátio da escola. Todas as turmas saíam para nos assistir e aquilo era algo que nos encantava muito”, relatou a jovem.
A apresentação também dançada por Vanessa na infância foi apresentada pela Escola Municipal Professor Moacyr Jardim de Menezes, do bairro Ceará. “Se nós não nos lembramos ano a ano da história folclórica ela vai morrer. Quando mantemos este resgate as crianças passam também a seus filhos quando crescem e a netos e assim a história continua”, destacou o professor de educação física, João Reck.
Segundo ele, o Boi de Mamão é uma expressão folclórica que ocorre, sobretudo, no Estado de Santa Catarina trazida pelos imigrantes açorianos há anos. “O lema é não deixar estas raízes morrerem”, complementou Reck.
Outra apresentação típica e que também foi lembrada para comemorar o Dia do Folclore na Nereu Ramos a dança do Pau de Fita. Juliana Serafim da Silva, de 10 anos afirma gostar de manter a cultura viva. “Eu acho muito legal podermos continuar uma coisa que vem de anos viva. Desta forma sabemos que podemos tornar das coisas velhas, coisas novas, já que tudo que é brincadeira antiga pode ser brincada por nós. É isso que quero fazer hoje, dançar com alegria, adoro dançar”, pontuou a menina.
Para as crianças que estavam junto a Juliana e que são alunos da Escola Municipal Maria de Lourdes Carneiro, as palavras que caracterizam o Dia do Folclore estavam na ponta da língua, como destacou Camilly Roque Borges, também de 10 anos. “Podemos falar de Folclore lembrando-se de alegria, dança, brincadeira, história, música”, complementou.
Para o presidente da FCC, Sérgio Zappelini, a oportunidade dada às crianças é de extrema importância para manter a cultura folclórica viva. “Nós víamos nos rostos delas a alegria de estar apresentando aquilo que ensaiaram. E é desta forma que elas se recordarão deste dia levando à frente a cultura local”, frisou Zappelini.